quarta-feira, 23 de junho de 2010

O encontro que Ele marcou. ( Parte 2 )

Leia primeiro a parte 1 (Clique aqui)

Um horroroso silêncio; não havia vozes, não havia respostas, nem esperança.
Olhando continuamente para o céu, me pus a observar a infinidade de estrelas. Como eram lindas! E enquanto as contemplava, senti algo peculiar. Era como se passasse em minha mente um sentimento de avistar de longe um parente que a muito tempo não o via; era um sentimento familiar.. _"Mas o que é isso que está acontecendo? Quem poderia ser-me familiar nessa hora? Mas em pouco tempo, reconheceu o meu coração.. _"Ah sim.. lembrei-me de Deus".
Naquela hora, lembrei que existia um Deus e que a minha vida toda eu ouvi falar dEle. Então, Deus passou a ser um novo alguém para o qual eu ainda não havia recorrido. _"Pedirei ajuda pra Ele"! Pensei. _"Mas já faz tanto tempo.. Talvez nem se lembre de mim"...

Mesmo em meio a estes pensamentos, o mais profundo do meu coração buscou-O e disse:
_"Deus, Talvez não se lembre de mim, mas eu acredito que se lembra de todas as pessoas. Sei que tenho desagradado o teu coração, e não tenho buscado a Tua direção para nada sequer. Mas ouvi dizer que o seu rio flui no deserto. Onde não há mais jeito, onde não há saída, é neste lugar que flui o teu rio Senhor. E eu não sei mais o que fazer. Me envergonho de falar contigo agora, pois também sei que não deveria estar vivendo da maneira em que estou vivendo, correndo atrás das coisas que deseja o meu coração. Mas peço ajuda a Ti, porque eu quero entender o que está acontecendo em minha vida.. está tudo confuso pra mim. Nada tem dado certo, como também não deu certo em minha família, nem nas outras 12 cidades por onde passei. E hoje, estou sem lugar pra morar, não posso contar com meus parentes e meus amigos não puderam me ajudar. Não vejo sentido em viver a vida inteira dessa forma! Pra que isso? Me mostre o sentido Deus e ajuda-me por favor".

Estava frio de mais, por isso não aguentei continuar no Parque. Assim que cheguei em casa, recebi um telefonema! Era um pedido de ajuda. Senti-me mal, pois acreditava não ter condições de ajudar ninguém naquela hora, contudo dispus-me a fazê-lo. A ligação era de alguém que me conhecera a alguns meses em uma das várias festinhas que costumava frequentar; Pediu-me ajuda para um amigo de um amigo que não conhecia, apenas ficou sabendo que ele precisava com urgência de um lugar para morar.
Contando-me toda a história, percebi que era eu o amigo do tal amigo. Eu era a pessoa para quem se pedia a ajuda! Surpresa, a pessoa do outro lado da ligação disse: _" É você quem está passando por isso? Não se preocupe, hoje mesmo conseguiremos um lugar pra você!"
Neste mesmo instante, brotou então uma pequena esperança em meu coração.. Senti que mesmo depois de tanto tempo, Deus não havia se esquecido de mim.

Por intermédio desta pessoa, fui de favor morar num bairro cujo nome me soou de maneira muito agradável, Bairro Esperança.
Na manhã de um sábado, 10 de maio de 2008, um casal que não me conhecia e nem eu a eles, abriu as portas de sua casa e me recebeu. Com alegria? Não, pelo contrario.. com certa desconfiança, com um pouco de desconforto, mas também com compaixão. Mas nada disso fazia diferença pra mim, o que importava é que no deserto Deus havia feito fluir Seu rio.
Desejei então agradecer a Deus. Orei, cantei, comecei até a ler a bíblia (o que não fazia a muito tempo), mas queria algo maior, queria encontrar-me com Ele.

No dia seguinte, saí pelas ruas da cidade procurando qualquer igreja para ali entrar e agradece-Lo. Quem sabe Ele até falaria comigo? A pé, atravessei o bairro inteiro, 2 bairros! Encontrei uma igreja, com timidez entrei, acomodei-me e observei atentamente a programação que já havia começado.
Era dia das mães.. Lembrei da minha mãe, senti saudades dela e comecei a ouvir de uma mulher que fazia parte da igreja onde estava, o seguinte conto:

Leia a continuação (Clique aqui)

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