No segundo dia de evangelização, tivemos experiências ainda mais profundas que no primeiro dia. Bem, não vou contar aqui como foram todas as visitas. Sei que todas foram muito importantes, mas vou relatar as que mais me marcaram.
A primeira delas, foi a que fizemos a uma mulher. Logo que chegamos e dissemos a ela, que estávamos ali para falar de Jesus, percebi o semblante dela mudar! Ela me parecia atormentada com alguma coisa. Nos convidou para entrar, e fomos com ela até o quintal da casa. Como em todas as visitas, perguntei se ela conhecia Jesus, e ela disse que sim. Mas que estava muito preocupada com um sonho que ela teve naquela noite. Ela sonhou com o Inimigo das nossas almas. No sonho, ele dizia o tempo todo que ela pertencia a ele. Então ela se sentia mal, buscava a Deus, clamava por socorro, mas o inimigo dava tapas em sua cabeça, dizendo que eram em vão seus clamores, pois de fato era a ele a quem ela pertencia.
Eu perguntei se ela já tinha sido de alguma igreja, e ela me disse que estava desviada havia muito tempo. Então nós oramos, pedindo a Deus para acalmar seu coração e trabalhar em sua vida aquilo que precisava ser trabalhado por Ele. Também declaramos que ela não pertencia ao inimigo, mas sim a Jesus! Que ela tinha sido comprada pelo precioso sangue de Jesus derramado na cruz, e o inimigo não tinha mais direito algum sobre a vida dela.
Fiquei muito agradecido por poder ser usado dessa maneira por Deus. Na noite em que o Diabo atormentou o sono daquela mulher, Deus nos enviou logo no dia seguinte para anunciarmos o seu grande amor por aquela vida.
Neste mesmo dia, visitamos uma outra casa onde estava uma mulher e sua filha. Essa mulher disse que também era desviada, mas conhecia a Palavra de Deus, acreditava em Jesus, cria em sua salvação. A surpresa, foi quando a filha dela disse não acreditar nessas coisas! A mãe dela ficou visivelmente surpresa! A moça disse que não acreditava, que muito ouvia falar disso, mas não cria em nada.
Nós vimos claramente que a mãe dela percebeu que o fato de ela não estar frequentando sua igreja, e não estar dando o devido valor ao Evangélico que ela recebeu, influenciou negativamente sua filha. E o pior, ela viu que sua filha estava correndo sérios riscos, morrer sem crer em Jesus.
Oramos junto com elas também, mas não fomos embora sem antes falar do plano de de Salvação de Deus para as duas.
Mas desta vez, o que mais me marcou foi a conversa que tivemos com dois homens que estavam assentados no meio fio. Antes desses, já havíamos conversado com outros dois homens que também estavam assentados no meio fio. Foi uma conversa agradável, onde pudemos orar ali mesmo. Eles eram desviados, mas estavam totalmente abertos à Palavra. Mas não foi assim dessa vez.
Logo que nos aproximamos desses últimos, os cumprimentamos, mas era como se ninguém tivesse dito nada. Eles nos ignoravam totalmente! Mas não nos intimidamos. Mais uma vez, os cumprimentamos, mas eles nem olhavam pra nós. quando passava alguém na rua, eles mexiam com quem passasse, mas com a gente... Parecia que éramos invisíveis.
Eu estava decidido a não desistir. Agora, mais que nunca eu queria a atenção daqueles dois. Em espírito de oração, perguntei se eles conheciam Jesus, pois estávamos ali para falar dele.
Nesta hora, um deles me indagou num tom super grosseiro: _ E você? Conhece Jesus por acaso? Você já viu ele pra falar comigo que o conhece?
Nem pensei para responder, disse que nunca o tinha visto, mas que conversava com Ele todos os dias, que ouvia a Sua voz, e que ele morava dentro do meu coração.
A partir daí, iniciamos um diálogo com eles. Claro que ouvi muitas afrontas, muitas coisas desagradáveis, mas falei toda a Palavra que Deus queria transmitir a eles. No final, eles disseram que aceitavam a Jesus como único e suficiente salvador de suas vidas. Que queriam morar no céu ao lado do Senhor. Oramos ali mesmo, e aquele clima pesado do início, já não existia mais. Descobrimos que eles gostavam de música, então dissemos o quanto eles iriam poder louvar a Deus eternamente lá no céu, e aqui na Terra também.
Graças a Deus, terminamos aquela tarde com oito casas visitadas, fora as pessoas que encontramos na rua.
Tiago Rocha
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Sua opinião é muito importante. Obrigado por deixar o seu comentário!