Muito se fala no
meio evangélico, e principalmente em blogs, que o cristão não deve de maneira
nenhuma lamentar. Geralmente, teorias como essa, vêm acompanhadas de reflexões
moralistas, dizendo que o cristão é mais que vencedor e em Jesus; Que
precisamos nos alegrar em meio às circunstâncias difíceis, pois confiamos num
Deus Grande e Todo Poderoso que está muito acima de qualquer problema terreno; Às
vezes as reflexões são tão audaciosas, que levam o título como: "Cadê a sua
Fé cristã”? Ou ainda, "Onde está o teu Deus"?
Mas queridos,
sabemos que não é bem assim.
A Palavra de
Deus é repleta de lamentos aceitáveis pelo Senhor, e isso se torna muito mais
claro com o livro do profeta Jeremias chamado "Lamentações".
Acontece que há
uma grande diferença entre lamento e murmúrio. Quando acontece-nos algo ruim,
desesperador, então reconhecemos que existe um Deus, "rasgamos nossas
vestes, vestimo-nos de panos de saco, e cobrimo-nos com cinzas"; Jejuamos,
choramos na presença do Senhor, demonstrando assim a nossa tristeza e buscando
a face do único que pode (se Ele quiser) mudar a nossa situação. Jesus.
Como
diz em (Tiago 4:9-10) “Entristeçam-se, lamentem e chorem. Troquem o riso por
lamento e a alegria por tristeza. Humilhem-se diante do Senhor, e ele os
exaltará". Quero fazer um lamento ao Senhor.
Muito
tenho me entristecido Pai, em ver que em minha cidade, pessoas têm corrido atrás das
tuas bênçãos, mas não se importam em agradar o teu coração. E eu lamento em ver a
falta de compromisso com a Tua obra, e a falta de interesse pela Tua Palavra,
enchendo os corações de jovens, adolescentes, adultos e idosos em minha cidade.
Como
as coisas seriam diferentes se todos buscassem a tua face dia após dia, se abandonassem
os caminhos maus, se fossem sinceros uns com os outros, se fossem honestos,
humildes, se fossem cristãos.
Como
as coisas seriam diferentes se todos escolhessem o maior tesouro, se o Teu
Reino estive em primeiro lugar nos corações, e se a sede pela Tua justiça fosse
legítima, verdadeira, prática.
Como
as coisas seriam diferentes Senhor, se nossos cultos não fossem cheios de nós
mesmos, se nos alegrássemos toda vez que estivéssemos juntos para adorar o Teu
nome, se acreditássemos que o Senhor tem sempre o melhor para nós.
Mas
todos estão tão ocupados com suas tarefas. Todos estão tão abarrotados com os
outros compromissos, coisas deste mundo passageiro, que nunca tem sobrado tempo
para o Senhor.
Pai,
confesso que as vezes sinto-me como Elias, isolado, sozinho na busca por
agradar-te. Sei que não é verdade. Sei que não estou sozinho, assim como Elias
também não estava. Sei que existem adoradores verdadeiros, pessoas que
renunciam a sua própria vontade, seus próprios sonhos, para cumprirem a Tua
vontade, para viverem os sonhos do Teu coração. Pessoas que estão dispostas a cumprir o Teu
chamado, salgar, iluminar, fazer a diferença a qualquer custo. Mesmo que este
preço seja a família, mesmo que este preço seja o emprego, o conforto, os bens,
mesmo que sejam os gostos pessoais.
Mas sobre tudo Senhor, lamento também por minha vida. Por não conseguir oferecer-te uma adoração completa, por não buscar o Senhor da maneira como eu deveria buscar, por não confiar, não esperar, não descansar em Teus braços, que sempre estão estendidos para mim. Oh Senhor, tenha misericórdia de nós, teus filhos. Queremos muito te amar.
Mas sobre tudo Senhor, lamento também por minha vida. Por não conseguir oferecer-te uma adoração completa, por não buscar o Senhor da maneira como eu deveria buscar, por não confiar, não esperar, não descansar em Teus braços, que sempre estão estendidos para mim. Oh Senhor, tenha misericórdia de nós, teus filhos. Queremos muito te amar.
Eu
sei que o meu Redentor vive, e que no fim se levantará sobre a terra. E depois
que o meu corpo estiver destruído e sem carne, verei a Deus. Eu o verei, com os
meus próprios olhos; eu mesmo, e não outro! Como anseia no meu peito o coração!
(Jó 19:25-27)
Tiago
Rocha
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