Os
discípulos tiveram uma orientação clara de seu Mestre Jesus. E a partir do
versículo 12 deste primeiro capítulo, a narrativa de Lucas, é sobre o que
aconteceu depois desta orientação de Jesus.
Dentre
outras possibilidades de leitura deste texto, eu creio que ele nos fala sobre a
oração.
Esta
passagem ajuda-nos a entender porque devemos orar se Deus já definiu o que vai
acontecer. Pois se não entendemos este mistério, podemos nos perguntar o porquê
de orarmos ao Senhor, tendo em vista que Ele sempre executará a Sua própria
vontade.
“E
esta é a confiança que temos para com ele: que, se pedirmos alguma coisa
segundo a sua vontade, ele nos ouve” (l João 5:14).
Veja
que interessante! Somos ouvidos por Deus, quando pedimos alguma coisa segundo a
sua vontade.
Se
for assim, para que devemos orar? Pra que pedir, se Ele já sabe do que
precisamos? Orar para que Ele faça a sua própria vontade? A principio por quê?
Existe
um conceito sobre oração, que praticamos continuadamente entre as gerações, e
apesar de não ser essencialmente errado, conduz-nos à este tipo de
questionamento. E baseado neste texto de Atos, dentre outros das Sagradas
Escrituras, acredito ser necessário criar-se um novo entendimento em relação à
oração. Precisamos quebrar um paradigma.
Em
sua grande maioria, enxergamos em Deus, um ser reativo, que responde quando
pedimos. Acreditamos também, que a oração coloca Deus em movimento, e não o
contrário. Entendemos que a nossa oração chama a atenção de Deus para as coisas
que acontecem no mundo, como se Ele estivesse sossegado, desinteressado,
desatento, passivo a tudo o que acontece ao nosso redor, até o momento em que nos
ajoelhamos e o acordamos com nossas orações.
A
bíblia nos mostra, que Deus está em constante movimento, ocupado, agindo, interessado
em fazer alguma coisa! Deus está sempre comprometido em fazer! Ele prometeu
fazer, e Ele vai fazer, quer oremos ou não.
E
quando observamos a orientação de Jesus aos discípulos, antes de ser elevado
aos céus, compreendemos o mistério de por qual razão devemos orar. Deus quer
interferir, quer ser conhecido no mundo, e quer derramar poder sobre nós, para
que sejamos suas testemunhas até os confins da Terra. Ele quer ter-nos como
seus cooperadores. Deus quer nos instrumentalizar em suas ações no mundo. Ações
essas que já estão definidas por Ele. Quer agir através de nós; quer nos
incluir em seus planos.
“Deus
não é um homem para que minta, nem filho de homem para que se arrependa. Acaso
ele fala, e deixa de agir? Acaso promete, e deixa de cumprir?” (Números 23:19). O
cumprimento das suas promessas independe da nossa fidelidade. E
Ele as cumpre, não por causa da oração da igreja, mas porque Ele está empenhado
por sua própria gloria, por sua palavra que é fiel, e principalmente porque
Deus é íntegro consigo mesmo.
No
texto de Atos, aquelas pessoas estavam orando, esperando que Deus cumprisse a
sua promessa. E Isso aconteceria independentemente da oração daqueles homens e
mulheres.
A
mesma coisa está descrito em Daniel 9. O Povo de Israel estava cativo na Babilônia.
Daniel, lendo a profecia do profeta Jeremias, entendeu que o cativeiro de
Jerusalém duraria 70 anos. “Por isso me voltei ao Senhor” (Daniel 9:3). Uma
pergunta: _ “Quanto tempo duraria a desolação de Israel se Daniel não tivesse orado”?
Durariam
os mesmos 70 anos, e Deus moveria o coração de Ciro e Dario da mesma maneira.
Daniel
orou, porque descobriu que durariam 70 anos, e já havia passado este tempo. Então
ele foi orar e fez uma das orações mais profundas da bíblia.
Em
Mateus 3, vemos João Batista fazendo algo curioso. Estava anunciando a chegada
do Messias, preparando o caminho. Mas se João Batista preparasse o caminho do
Senhor ou não, tivesse endireitado o caminho ou não, Jesus certamente passaria
por ali. E se os homens ouvissem ou não a mensagem de João Batista, Jesus entraria
na Palestina do mesmo jeito. O Messias chegaria do mesmo jeito.
A
verdade é que Deus está fazendo! Decido a fazer coisas que ele vai fazer! E nós
precisamos orar para não ficarmos de fora, desta ação divina.
Somente
o remanescente fiel voltou da babilônia. Teve muita gente que ficou por lá.
Foi
este o raciocínio de Daniel! “Vou derramar-me em oração para que quando ele
passar por aqui eu não fique fora! Para que eu possa ir junto. E se eu posso de
alguma maneira ser usado por Deus, vou anunciar isso ao povo!” E então começou
a interceder por toda a nação
Foi
o mesmo raciocínio de João Batista! “Endireitei o caminho. acertem a vida de vocês!
Ele vai passar, e vocês não o reconhecerão e dirão: Onde está o Messias, ele já
passou?
”Dez anos depois, de o Espírito ter sido derramado, Paulo encontra-se com vai pregar em Éfeso, e ali encontrou alguns discípulos de Cristo, aos quais perguntou se já haviam recebido o Espírito Santo, e eles disseram que nem sabiam que o mesmo existia (Atos 19:1-17)! Eles haviam crido, aviam sido batizados, mas estavam atrasados. O Espírito já havia sido derramado ha muito tempo. Deus agiu, e eles ficaram de fora! "É exatamente isso que aconteceu no texto que lemos em Atos! Pode ser que o Espírito seja derramado e você não esteja lá, ou não perceba que ele foi derramado. E pode ser também, que o Espírito seja derramado, mas não sobre você".
”Dez anos depois, de o Espírito ter sido derramado, Paulo encontra-se com vai pregar em Éfeso, e ali encontrou alguns discípulos de Cristo, aos quais perguntou se já haviam recebido o Espírito Santo, e eles disseram que nem sabiam que o mesmo existia (Atos 19:1-17)! Eles haviam crido, aviam sido batizados, mas estavam atrasados. O Espírito já havia sido derramado ha muito tempo. Deus agiu, e eles ficaram de fora! "É exatamente isso que aconteceu no texto que lemos em Atos! Pode ser que o Espírito seja derramado e você não esteja lá, ou não perceba que ele foi derramado. E pode ser também, que o Espírito seja derramado, mas não sobre você".
Estes
exemplos mostram-nos, que nossa oração, não serve para colocar Deus em movimento ou chamar a
Sua atenção. Mas quando de fato oramos, entendendo o que estamos fazendo, dizemos para o Senhor que
confiamos nele; que sabemos que Ele está no controle de tudo; e assim nos
disponibilizamos para sermos por Ele usados. “Senhor, quando fizeres algo,
faze-o através de mim, quando fizeres alguma coisa, não se esqueça de mim. Eu
estou comprometido contigo, e quero participar do que o Senhor está fazendo; eu
quero ser um instrumento em tuas mãos”.
Leia a continuação na Parte 2 (Clique aqui)
Esta postagem, é simplesmente uma nova roupagem para o estudo tremendo do Marcos Henrique Teixeira, Presbítero na Igreja Presbiteriana do Bom Retiro. O Marcos enviou-me um e-mail com essa mensagem, e o Senhor falou demais comigo, mas demais mesmo! Disse a ele que fiquei louco pra transmitir este estudo na Congregação onde trabalho, e compartilhar com o maior número de pessoas possível. É como diz a palavra; "não podemos deixar de falar daquilo que temos visto e ouvido..."
ResponderExcluirO texto original, é um esboço da pregação que ele realizou. E além de ser um esboço, é muito extenso, sete páginas no Word. Por essa razão, precisei fazer algumas alterações no texto, resumindo ao máximo, sem perder a essência. Mesmo assim, ainda foi preciso dividi-lo em duas partes, caso contrário a postagem ficaria enorme, e muitos deixariam de lê-la.
Tenho certeza que sua vida será tocada pelo Senhor,através deste maravilhoso texto. E assim como eu, você vai descobrir um tesouro à respeito da Oração. Em breve, postarei a segunda parte deste estudo em uma nova postagem. Aguardem.
Que Deus abençoe a todos.
Tiago, a Paz em nosso Senhor Jesus Cristo.
ResponderExcluirQue a determinação e a palavra Divina, florescam a cada dia, sendo reveladas por nosso Senhor Jesus Cristo na sua Vida. Que você possa sempre ouvir DEUS falar contigo no teu coração.
Irmã Nilza Rocha